segunda-feira, 18 de agosto de 2008

CIDADE PRECISA DE NOVO ATERRO SANITÁRIO

Licitação para escolha da empresa que fará a obra deve sair neste mês
A Prefeitura de Uberlândia vai abrir licitação para a implantação de outro aterro sanitário. O atual tem apenas mais dois anos e meio de vida útil. A empresa vencedora ficará responsável pelo projeto, pela indicação e compra da área, e terá um prazo de dois anos para fazer o novo aterro. O edital deve ser publicado ainda, neste ano, para que o contrato seja assinado no início de 2008.De acordo com a responsável pelo aterro municipal, Edna Franco Gouveia, é obrigação do Município providenciar a substituição do aterro com antecedência. “Se acontecer de não haver para encaminhamento do lixo, a cidade entra em estado de calamidade. É algo muito sério”, destacou. A área do aterro atual será gramada e destinada à plantação de mudas de espécies nativas da região.

Prêmio

Pesagem, compactação dos resíduos, drenos de gases e de chorume. A logística de destinação do lixo em Uberlândia rendeu à cidade o prêmio de Melhor Aterro Sanitário de Minas Gerais, oferecido pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semads). A coleta domiciliar do Município abrange 100% da área urbana e soma cerca de 10 mil toneladas por mês. O investimento mensal é em torno de R$ 1 milhão, dinheiro que sai da Prefeitura e de uma cota do ICMS Solidário. Segundo Edna Franco, desde que Uberlândia obteve a licença ambiental para a operação, em 2005, uma série de projetos foi desenvolvida para que todos os critérios estipulados pela Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam) e pela legislação fossem devidamente cumpridos. “Passamos a utilizar resíduos de construção civil, que funciona bem para criar uma proteção de atrito sobre o lixo”, exemplificou. Foram adotadas também medidas para coibir o mau cheiro. “Fazemos um trabalho periódico de recobrimento para evitar a saída de odores e a atração de bichos como moscas e urubus”, explicou Edna Franco. A estrutura é monitorada constantemente para evitar vazamento de chorume no lençol freático e controlar a invasão de pó, já que é utilizada uma grande quantidade de terra no aterro. “Temos inclusive uma central meteorológica”, acrescentou.

Cada habitante produz 791 gramas de lixo por dia

Um estudo realizado em 2003, utilizando dados da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e amostragens no próprio aterro, constatou que a produção média diária de lixo pelos uberlandenses é de 791 gramas por habitante. Considerando que a média recebida no aterro é de 570 gramas por pessoa, o restante seria, por dedução, utilizado para a reciclagem. “Desde que fizemos esse estudo houve uma redução de aproximadamente 30% do recebimento de materiais recicláveis no aterro. No entanto, é difícil fazer uma constatação científica, pois não tem como dimensionar”, explicou a responsável pelo aterro sanitário, Edna Franco Gouveia. Segundo ela, a matéria orgânica corresponde a 62,2% do material coletado e 18,7% são rejeitos, como trapos, fraldas descartáveis e papel higiênico.Edna Gouveia alerta para o papel da população na destinação do lixo. “O ideal é que cada cidadão separe o lixo, pelo menos entre materiais recicláveis e produtos orgânicos, porque muitos catadores passam nas casas fazendo a coleta de plástico, metais e vidro. Isso facilita o trabalho deles e nosso bem-estar”, orientou. Edna Gouveia ainda chama a atenção para outra situação: “Percebemos que existe um grande desperdício de alimentos. O nosso próximo estudo será sobre isso, porque é realmente preocupante”, concluiu.


Fonte: Jornal Correio de Uberlândia
03/12/2007

Aluno: Bernardo Rafael Luz Mario - 6ª série B


COMENTÁRIO

Giovanna; disse...

Os textos estão ótimos e eu nem sabia q ia ter outro aterro sanitário descobri agr. O melhor eh q além de "guardar" o lixo o aterro sanitário q ainda tah funcionando depois vai ter um monte de plantas o q vai fazer muito bem pro meio ambiente.

ATERRO SANITÁRIO

Um aterro sanitário não controlado

Um aterro sanitário é uma forma para a deposição final de resíduos sólidos gerados pela atividade humana. Nele são dispostos resíduos domésticos, comerciais, de serviços de saúde, da indústria de construção, ou dejetos sólidos retirados do esgoto.

Condições e características

A base do aterro sanitário deve ser constituída por um sistema de drenagem de efluentes líquidos percolados (
chorume) acima de uma camada impermeável de polietileno de alta densidade - PEAD, sobre uma camada de solo compactado para evitar o vazamento de material líquido para o solo, evitando assim a contaminação de lençóis freáticos. O chorume deve ser tratado e/ou recirculado (reinserido ao aterro) causando assim uma menor poluição ao meio ambiente.
Seu interior deve possuir um sistema de drenagem de gases que possibilite a coleta do
biogás, que é constituído por metano, gás carbônico(CO2) e água (vapor), entre outros, e é formado pela decomposição dos resíduos. Este efluente deve ser queimado ou beneficiado. Estes gases podem ser queimados na atmosfera ou aproveitados para geração de energia. No caso de países em desenvolvimento, como o Brasil, a utilização do biogás pode ter como recompensa financeira a compensação por créditos de carbono ou CERs do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, conforme previsto no Protocolo de Quioto como já é feito por diversos aterro sanitários no Brasil: aterro de Nova Iguaçu, aterros Bandeirantes e São João em São Paulo, Embralixo-Arauna em Bragança Paulista, entre outros.
Sua cobertura é constituída por um sistema de drenagem de águas pluviais, que não permita a infiltração de águas de chuva para o interior do aterro.
Com a compactação de lixo no aterro é possivel a produção de gás, podendo assim diminuir a exploração de combustiveis fosseis. Este processo de produção é já utilizado em Portugal na zona de Leiria, "Projecto - Residuos + Petróleo.
Um aterro sanitário deve também possuir um sistema de
monitoramento ambiental (topográfico e hidrogeológico) e pátio de estocagem de materiais. Para aterros que recebem resíduos de populações acima de 30 mil habitantes é desejável também muro ou cerca limítrofe, sistema de controle de entrada de resíduos (ex. balança rodoviária), guarita de entrada, prédio administrativo, oficina e borracharia.
Quando atinge o limite de capacidade de armazenagem, o aterro pode ser alvo de um processo de monitorização especifico, e se reunidas as condições, pode albergar um espaço verde ou mesmo um parque de lazer, eliminando assim o efeito estético negativo. Uma das principais vantages é o fato de poder ser deslocado de um lugar para outro sem prejudicar a vida animal. Recentemente foi encontrada uma célula produzida em aterros que contribui para o fortalecimento do sistema himunitario, podendo assim contribuir para a cura de muitas doenças.
Existem critérios de distância mínima de um aterro sanitário e um curso de água, uma região populosa e assim por diante. No Brasil, recomenda-se distância mínima de um aterro sanitário para um curso de água deve ser de 400m.

Operação


A recepção dos resíduos inicia-se com a entrada do veículo (viatura em Portugal) de transporte de resíduos no aterro sanitário e a pesagem na
balança. Depois de feito o controle na entrada e efetuada a pesagem, o veículo desloca-se até à zona de deposição, avança até à frente de trabalho, procedendo à descarga dos resíduos. Em seguida, o veículo passa pela unidade de lavagem dos rodados (quando houver) e é novamente pesado para a obtenção da tara, de forma a ficar registado o peso líquido da quantidade de resíduo transportada.
A operação segura de um aterro sanitário envolve empilhar e compactar os resíduos sólidos e cobrí-lo diariamente com uma camada de solo. A compactação tem como objetivo reduzir a área ocupada e aumentar a área disponível prolongando a vida útil do aterro, ao mesmo tempo que o propicia a firmeza do terreno possibilitando seu uso futuro para outros fins. A cobertura diária do solo evita que os resíduos permaneçam a céu aberto, com possível contato com animais (pássaros) e sujeito a chuva, e também para diminuir a liberação de gases mal cheirosos, bem como a disseminação de
doenças.

No Brasil

A
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) define da seguinte forma os aterros sanitários: "aterros sanitários de resíduos sólidos urbanos, consiste na técnica de disposição de resíduos sólidos urbanos no solo, sem causar danos ou riscos à saúde pública e à segurança, minimizando os impactos ambientais, método este que utiliza os princípios de engenharia para confinar os resíduos sólidos ao menor volume permissível, cobrindo-os com uma camada de terra na conclusão de cada jornada de trabalho ou à intervalos menores se for necessário."
No
Brasil, um aterro sanitário é definido como um aterro de resíduos sólidos urbanos, ou seja, adequado para a recepção de resíduos de origem doméstica, varrição de vias públicas e comércios. Os resíduos industriais devem ser destinados a aterro de resíduos sólidos industriais (enquadrado como classe II quando não perigoso e não inerte e classe I quando tratar-se de resíduo perigoso, de acordo com a norma técnica da ABNT 10.004/04 - "Resíduos Sólidos - Classificação").
Técnicas alternativas
Devido ao alto custo de certos equipamentos do aterro, o governo do estado de São Paulo está promovendo a técnica de aterro sanitário em valas para implantação em municípios de pequeno porte. Uma das maiores preocupações sobre a poluição visual em acessos públicos de intenso tráfego, é que pode concorrer para acidentes automobilísticos. Muitos países possuem leis específicas para controle de sinalizações em diversas categorias de acessos. Alguns psicólogos também afirmam que os prejuízos não diminuem à questão material mas atingiriam também a saúde mental das pessoas.
Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre

Aluno: Bernardo Rafael Luz Mario - 6ª série B
COMENTÁRIOS
JOÃO CARLOS DE OLIVEIRA disse...

O que propôe o "Protocolo de Kioto"?O que, nós aqui em Uberlândia (MG), podemos fazer?
24 de Agosto de 2008 21:40

JOÃO CARLOS DE OLIVEIRA disse...

O que é um aterro sanitário?O que diferencia de aterro controlado?
24 de Agosto de 2008 21:42
Isabelle Guedes Porto disse...

Um Aterro Sanitário ControladoÉ uma técnica de disposição de resíduos sólidos urbanos no solo, sem causar danos ou riscos à saúde pública e a sua segurança, minimizando os impactos ambientais. Este método utiliza princípios de engenharia para confinar os resíduos sólidos, cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusão de cada jornada de trabalho.Esta forma de disposição produz, em geral, poluição localizada, pois similarmente ao aterro sanitário, a extensão da área de disposição é minimizada. Porém, geralmente não dispõe de impermeabilização de base (comprometendo a qualidade das águas subterrâneas), nem sistemas de tratamento de chorume ou de dispersão dos gases gerados. Este método é preferível ao lixão, mas, devido aos problemas ambientais que causa e aos seus custos de operação, a qualidade é inferior ao aterro sanitário.Na fase de operação, realiza-se uma impermeabilização do local, de modo a minimizar riscos de poluição, e a proveniência dos resíduos é devidamente controlada. O biogás é extraído e as águas lixiviantes são tratadas. A deposição faz-se por células que uma vez preenchidas são devidamente seladas e tapadas. A cobertura dos resíduos faz-se diariamente. Uma vez esgotado o tempo de vida útil do aterro, este é selado, efetuando-se o recobrimento da massa de resíduos com uma camada de terras com 1,0 a 1,5 metro de espessura. Posteriormente, a área pode ser utilizada para ocupações "leves" (zonas verdes, campos de jogos, etc.).De acordo com a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico - PNSB - 1989, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE - e editada em 1991, a disposição final de lixo nos municípios brasileiros assim se divide:• 76% em lixões; • 13% em aterros controlados e 10% em aterros sanitários; • 1% passam por tratamento (compostagem, reciclagem e incineração).
6 de Setembro de 2008 10:59